Em tempos de crise econômica, da corrida pela estabilidade financeira e pelo lucro, a subjetividade do ser humano e a arte tem sido deixada de lado. Perder tempo é perder dinheiro, por isso, a arte ,considerada pelos estressados homens do trabalho, uma perda de tempo, tem sido esquecida. E foi nessa complexidade da sociedade mecânica, que dois jovens resolveram criar um espaço para as pessoas expressarem sentimentos, idéias e emoções. Os escritores, Kléber Felix e Tiago Madureira, lançaram neste mês, o jornal de cunho artístico-literário, o INFINITO LONGE, que tem a finalidade de publicar poesias, crônicas e contos de artistas de escritores independentes da cidade de Dourados.
O jornal é uma simples publicação, de oito páginas, que traz em seus textos poéticos e expressivos, temas do cotidiano, desabafos e a mais pura manifestação da arte, que quebra paradigmas, criando novas formas de literatura. Na linha editorial do jornal o que impera é a liberdade nos textos artísticos. É a arte despreocupada, que clama pelo valor que merece.
O Jornal é estruturado com algumas sessões fixas, como “Guardanapos de Buteco”, “Um cigarro, um café...”, escritas por Kléber Félix e “Entre Guerras” e “Decepções Diárias de uma pessoa qualquer”, por Tiago Madureira. Nas últimas páginas, o jornal tem a sessão “Turistas”, que é desenvolvida por vários escritores independentes de Dourados.
Segundo um dos idealizadores do projeto, o ator e escritor Kléber Félix, a realidade de que existem muitos artistas que rabiscam suas idéias e não tem aonde publicá-las impulsionou a criação do jornal. “A idéia surgiu primeiramente da necessidade de se ter um espaço para publicar nossos textos, e então resolvemos montar o jornal e convidar toda a galera que escreve. Muito do que escrevemos não se encaixa no padrão de que muitos jornais, livros e revistas consideram literatura. A gente procura no jornal, escrever de acordo com a nossa linguagem, que é uma literatura “marginal”, por ser considerada fora dos padrões. Para mim, literatura é tudo o que é escrito e considerado pelo autor como literatura, pode ser uma poesia bem estruturada ou algo que tenha sido rabiscado em um guardanapo de boteco, por exemplo”, conta o escritor.
De acordo com Tiago Madureira, os artistas encontram muita dificuldade em divulgar seu trabalho e receber o valor que merecem. Na maioria das vezes a divulgação é feita por meio de fanzines e publicações independentes, que não possuem patrocínio. Para publicação do Jornal Infinito longe os jovens conseguiram patrocínio de duas empresas e estão vendendo o jornal pelo valor de um real. “Nosso sonho é que a gente consiga ampliar o número de cópias por edição e fazer com essa publicação chegue às escolas públicas da cidade e ai sim agente conseguiria realizar o nosso principal objetivo, que é lançar as obras desses autores da cidade e fazer com a juventude leia e que os autores sejam conhecidos e respeitados como autores que são” , disse Tiago.
Além de escritores e poetas, existem muitos profissionais jornalistas que sentem as dificuldades de publicar seus materiais. Muitos optam pelos fanzines, mas poucas pessoas têm acesso a esse tipo de publicação. A jornalista, Suzana Machado, acredita que iniciativas como a do Infinito Longe devem ser disseminadas no jornalismo. “Na verdade é esse tipo de trabalho independente, que acredito que seja o jornalismo puro mesmo , ou seja é quando o profissional tem a oportunidade e a possibilidade de colocar em prática aquilo que ele acredita, de criticar e avaliar as situações sem ter que se preocupar se aquilo vai passar pela aprovação do seu editor, ou se vai confrontar com a política do local onde você trabalha. Geralmente neste tipo de trabalho, você tem mais tempo, pois é você que cria e define o tempo de dedicação. Trabalhos mais trabalhados são sempre melhores, isso sem dúvida, e hoje você tem que dar conta de uma matéria em meia hora.”,opinou a jornalista
Suzana destaca também que atualmente o que se vê nas publicações de empresas de comunicações é que a ética aprendida no cursos acadêmicos tem sido ignorada. A produção de matérias que visem o lucro, e não a informação tem dominado o mercado de trabalho da comunicação.
Dessa forma, publicações como Infinito Longe reforçam e resgatam a necessidade do verdadeiro espírito da arte e também do jornalismo. Divulgar, informar tem sido conseqüências apenas da produção mercantilizada. É nessa essência da produção da arte independente e alternativa, que ainda têm- se a esperança de que as idéias sejam valorizadas tal como elas mereçam e que a literatura deixe de ser considerada uma perda de tempo.
O jornal é uma simples publicação, de oito páginas, que traz em seus textos poéticos e expressivos, temas do cotidiano, desabafos e a mais pura manifestação da arte, que quebra paradigmas, criando novas formas de literatura. Na linha editorial do jornal o que impera é a liberdade nos textos artísticos. É a arte despreocupada, que clama pelo valor que merece.
O Jornal é estruturado com algumas sessões fixas, como “Guardanapos de Buteco”, “Um cigarro, um café...”, escritas por Kléber Félix e “Entre Guerras” e “Decepções Diárias de uma pessoa qualquer”, por Tiago Madureira. Nas últimas páginas, o jornal tem a sessão “Turistas”, que é desenvolvida por vários escritores independentes de Dourados.
Segundo um dos idealizadores do projeto, o ator e escritor Kléber Félix, a realidade de que existem muitos artistas que rabiscam suas idéias e não tem aonde publicá-las impulsionou a criação do jornal. “A idéia surgiu primeiramente da necessidade de se ter um espaço para publicar nossos textos, e então resolvemos montar o jornal e convidar toda a galera que escreve. Muito do que escrevemos não se encaixa no padrão de que muitos jornais, livros e revistas consideram literatura. A gente procura no jornal, escrever de acordo com a nossa linguagem, que é uma literatura “marginal”, por ser considerada fora dos padrões. Para mim, literatura é tudo o que é escrito e considerado pelo autor como literatura, pode ser uma poesia bem estruturada ou algo que tenha sido rabiscado em um guardanapo de boteco, por exemplo”, conta o escritor.
De acordo com Tiago Madureira, os artistas encontram muita dificuldade em divulgar seu trabalho e receber o valor que merecem. Na maioria das vezes a divulgação é feita por meio de fanzines e publicações independentes, que não possuem patrocínio. Para publicação do Jornal Infinito longe os jovens conseguiram patrocínio de duas empresas e estão vendendo o jornal pelo valor de um real. “Nosso sonho é que a gente consiga ampliar o número de cópias por edição e fazer com essa publicação chegue às escolas públicas da cidade e ai sim agente conseguiria realizar o nosso principal objetivo, que é lançar as obras desses autores da cidade e fazer com a juventude leia e que os autores sejam conhecidos e respeitados como autores que são” , disse Tiago.
Além de escritores e poetas, existem muitos profissionais jornalistas que sentem as dificuldades de publicar seus materiais. Muitos optam pelos fanzines, mas poucas pessoas têm acesso a esse tipo de publicação. A jornalista, Suzana Machado, acredita que iniciativas como a do Infinito Longe devem ser disseminadas no jornalismo. “Na verdade é esse tipo de trabalho independente, que acredito que seja o jornalismo puro mesmo , ou seja é quando o profissional tem a oportunidade e a possibilidade de colocar em prática aquilo que ele acredita, de criticar e avaliar as situações sem ter que se preocupar se aquilo vai passar pela aprovação do seu editor, ou se vai confrontar com a política do local onde você trabalha. Geralmente neste tipo de trabalho, você tem mais tempo, pois é você que cria e define o tempo de dedicação. Trabalhos mais trabalhados são sempre melhores, isso sem dúvida, e hoje você tem que dar conta de uma matéria em meia hora.”,opinou a jornalista
Suzana destaca também que atualmente o que se vê nas publicações de empresas de comunicações é que a ética aprendida no cursos acadêmicos tem sido ignorada. A produção de matérias que visem o lucro, e não a informação tem dominado o mercado de trabalho da comunicação.
Dessa forma, publicações como Infinito Longe reforçam e resgatam a necessidade do verdadeiro espírito da arte e também do jornalismo. Divulgar, informar tem sido conseqüências apenas da produção mercantilizada. É nessa essência da produção da arte independente e alternativa, que ainda têm- se a esperança de que as idéias sejam valorizadas tal como elas mereçam e que a literatura deixe de ser considerada uma perda de tempo.
Um comentário:
Olha só o que veio parar aqui!
Gostei do blog!
Adiante!
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